Autoavaliação 2021-2024

Os mecanismos para a autoavaliação do Programa envolveu a participação de distintos atores da academia e externos a ela (docentes, discentes, egressos, técnicos). A política de autoavaliação do PPGBA já foi bem implementada nos quadriênios anteriores e como de costume, para o quadriênio 2021-2024, objetivou identificar os principais pontos fortes e as fragilidades do Programa. A política instituída inicialmente consistiu em três pilares, a saber: (1) avaliação realizada por uma Comissão Externa; (2) Avaliação do processo ensino-aprendizagem a partir da avaliação dos discentes e docentes em relação às disciplinas ministradas; (3) Avaliação dos egressos em relação ao ingresso no PGBA, formação e atuação profissional. Os resultados da autoavaliação do PGBA podem ser conferidos no site do Programa em https://ww2.pgba.ufrpe.br/pt-br/autoavaliacao

É preciso enfatizar que o Processo de Autoavaliação do PGBA está em consonância com a autoavaliação iniciada pela Universidade Federal Rural de Pernambuco que instituiu o processo de autoavaliação dos Programas de Pós-Graduação em 2020, correspondendo às atividades desenvolvidas no ano de 2019.  Assim, a determinação dos pontos estratégicos da análise dos PPG da UFRPE foi estabelecida e periodicamente acompanhada por uma Comissão formada por docentes, discentes e servidores técnico-administrativos e coordenada pela Pró-Reitoria de Pós-Graduação. Esta comissão realizou a avaliação sistemática dos dados obtidos nos Programas, concluindo um ciclo de seis autoavaliações (2019-2024) dos Programas da UFRPE (https://www.prpg.ufrpe.br/pt-br/relatorios-autoavaliacao). Os resultados comparativos entre os anos mostraram uma evidente evolução em diversas atividades acadêmicas avaliadas e, também foi importante para corrigir as fragilidades detectadas. A experiência prévia obtida nos quatro primeiros relatórios de autoavaliação possibilitou avanços importantes na identificação das forças, fragilidades e oportunidades dos Programas, assim como na realização do planejamento estratégico e ações com o objetivo de proporcionar melhores condições acadêmicas e administrativas aos Programas. As autoavaliações anteriores proporcionaram um alicerce para reforçar a identidade e a missão dos Programas, despertando para a necessidade de focar em soluções inovadoras de impacto social, econômico, ambiental e cultural para resolver problemas no Estado de Pernambuco e na Região Nordeste. Um exemplo da evolução dos indicadores avaliados foi o processo de internacionalização da UFRPE que foi reforçado pelo Programa CAPES/PrInt/UFRPE aprovado em 2018 com ações importantes que permitiram o fluxo in e out de docentes (PVnE), discentes (PDSE) e pesquisadores estrangeiros para a Instituição (PVE). Estas ações proporcionaram um grande avanço institucional, colocando a UFRPE no cenário internacional de pesquisa de qualidade. A publicação da sexta edição do Relatório de Autoavaliação dos PPG da UFRPE, referente às atividades acadêmicas e administrativas demonstrou a evolução do processo de consolidação dos Programas e identificou a necessidade de atuar de forma coletiva para fortalecer suas ações nas diferentes áreas. 

Relatório de Autoavaliação do Programa de Pós-Graduação em Biociência Animal (PGBA) em 2024:

O PGBA realizou uma avaliação interna abrangente, envolvendo discentes (mestrandos e doutorandos) e docentes, com o objetivo de mapear pontos fortes e desafios em suas operações. A análise revelou um Programa consolidado em aspectos acadêmicos e de pesquisa, mas com oportunidades claras de aprimoramento em infraestrutura, suporte socioeconômico e internacionalização.

A infraestrutura do programa foi avaliada de forma geralmente positiva, com salas de aula e laboratórios considerados adequados para atividades teóricas e práticas. No entanto, relatos pontuais destacaram a necessidade de manutenção em equipamentos laboratoriais e a modernização de recursos digitais, como acesso a periódicos científicos pagos e velocidade da internet. A biblioteca física foi elogiada por seu acervo, mas há demanda por mais investimento em plataformas digitais. A acessibilidade e o fornecimento de energia foram bem avaliados, embora alguns discentes tenham mencionado falhas esporádicas. A página do programa, por sua vez, recebeu críticas quanto à atualização e à disponibilidade de informações em múltiplos idiomas, indicando a necessidade de maior atenção à comunicação digital. Sobre esse item, é preciso contextualizar que durante o processo de autoavaliação, a UFRPE solucionou o problema com a instituição de novos sites para todos os PPGs da universidade. Dessa forma, foi preciso tempo para fazer a migração das informações do site antigo para o novo site. Sanados devidamente todos os problemas, o site novo encontra-se atualizado e conta com todas as informações necessárias para a comunidade acadêmica e externa ao PGBA. O site contém informações em Português, Inglês e Espanhol e pode ser conferido em ww2.pgba.ufrpe.br

Na gestão, a coordenação e a secretaria foram amplamente reconhecidas por sua eficiência no atendimento e transparência, especialmente na aplicação de recursos institucionais. Contudo, docentes e discentes sugeriram maior divulgação do planejamento estratégico e mais clareza em processos como a distribuição de bolsas. As disciplinas oferecidas foram consideradas alinhadas ao perfil do programa, com ementas atualizadas e carga horária adequada, embora alguns alunos tenham apontado a necessidade de renovação em conteúdos específicos para refletir avanços recentes na área. O relacionamento entre orientadores e orientandos emergiu como um dos pilares do programa, com a qualidade das dissertações e teses sendo frequentemente classificada como "excelente". No entanto, casos isolados de falta de apoio na orientação foram citados como possíveis motivos de desistência, aliados à sobrecarga de atividades acadêmicas e ao equilíbrio emocional fragilizado. A interação entre discentes, docentes e coordenação foi destacada como colaborativa, embora conflitos pontuais tenham sido mencionados, reforçando a importância de mecanismos de mediação e suporte psicológico institucional.

Na pesquisa, o PGBA demonstra vigor, com grupos de pesquisa reconhecidos por sua produtividade, publicações em periódicos de impacto e cooperação internacional. A interdisciplinaridade e a captação de recursos externos foram avaliadas positivamente, mas há espaço para ampliar o impacto social e tecnológico das pesquisas, integrando-as mais fortemente a projetos de extensão. A internacionalização, embora presente em publicações e parcerias, ainda carece de iniciativas como disciplinas em inglês e intercâmbios sistemáticos, sugeridas tanto por discentes quanto por docentes.

Um dos desafios mais críticos identificados está nas condições socioeconômicas dos discentes. O valor insuficiente das bolsas e a escassez de vagas foram apontados como fatores que comprometem a permanência no curso, especialmente no doutorado. A sobrecarga financeira, somada à pressão acadêmica, foi relacionada a relatos de estresse e ansiedade, evidenciando a urgência de políticas de apoio mental e financeiro.

Entre os pontos fortes, destacam-se a qualificação do corpo docente, a infraestrutura laboratorial, a produção científica relevante e a interação positiva entre a comunidade acadêmica. Como sugestões, os participantes recomendaram: ampliar a oferta e o valor das bolsas; investir na manutenção de equipamentos e recursos digitais; criar um núcleo de apoio psicológico; e fortalecer a internacionalização por meio de parcerias concretas e disciplinas bilíngues.

Relatório de Autoavaliação do Programa de Pós-Graduação em Biociência Animal – ano de 2023 apresenta uma análise detalhada das percepções de docentes e discentes quanto à infraestrutura, gestão, comunicação, orientação acadêmica, pesquisa, internacionalização e condições socioeconômicas do programa. A avaliação foi conduzida por meio de questionários estruturados, permitindo a identificação de pontos fortes e desafios a serem enfrentados para a consolidação do Programa como referência na área.

A infraestrutura do Programa recebeu avaliações predominantemente positivas por parte dos discentes, com a maioria atribuindo notas "Bom (4)" para salas de aula e laboratórios. No entanto, críticas pontuais ainda foram registradas em relação a alguns equipamentos e ao acesso limitado a recursos digitais. Entre os docentes credenciados em anos anteriores, houve relatos de que a infraestrutura dos laboratórios foi avaliada como "Razoável” (3), especialmente devido à manutenção insuficiente de equipamentos. Os principais pontos críticos levantados incluem a necessidade de modernização da infraestrutura laboratorial, melhorias no acesso à internet e ampliação das assinaturas de periódicos científicos pagos.

Na dimensão de gestão e comunicação, o atendimento da coordenação e da secretaria foi amplamente elogiado pelos discentes, com avaliações "Excelente (5)". No entanto, foram registradas queixas quanto à transparência na distribuição de bolsas, apontando a necessidade de maior clareza nos critérios adotados. Os docentes sugeriram uma comunicação mais efetiva do planejamento estratégico e critérios mais objetivos para a seleção de discentes. No que se refere às disciplinas, a carga horária e as ementas foram consideradas adequadas, embora alguns discentes tenham recomendado a atualização de conteúdos específicos para melhor alinhamento com as demandas emergentes da área.

A orientação acadêmica foi um dos aspectos mais bem avaliados, com 70% dos discentes atribuindo a nota "Excelente (5)" à qualidade do acompanhamento prestado por seus orientadores. Apesar disso, houve relatos de discentes mencionando "falta de apoio na orientação" como um fator potencial de desistência. Em relação aos docentes, destaca-se o reconhecimento da relação colaborativa entre orientador e orientando, embora tenha sido sugerida a realização de reuniões mais estruturadas para aprimorar o acompanhamento das pesquisas. No campo do relacionamento interpessoal, a interação entre discentes e docentes foi considerada positiva, mas conflitos pontuais foram mencionados, especialmente no contexto de grupos de pesquisa.

A pesquisa e a internacionalização continuam sendo pilares do Programa, com destaque para a produção acadêmica de alto impacto. Discentes elogiaram a publicação em periódicos qualificados e a coautoria internacional, evidenciando a relevância científica dos projetos desenvolvidos. Os docentes atribuíram nota "Bom (4)" à visibilidade dos grupos de pesquisa, mas identificaram a necessidade de mais parcerias internacionais. A falta de disciplinas em inglês e a ausência de intercâmbios acadêmicos sistemáticos foram apontadas como lacunas a serem preenchidas para fortalecer a internacionalização do Programa. Em relação a este tópico, é preciso contextualizar que o PGBA possui disciplinas em Inglês e que nos anos vindouros, esse número aumentará.

As condições socioeconômicas e as bolsas de estudo foram aspectos que geraram críticas significativas. Entre os discentes, 60% destacaram a insuficiência do valor das bolsas e a baixa disponibilidade, especialmente para doutorandos. Os docentes sugeriram uma revisão dos critérios de distribuição, considerando a inclusão de funcionários públicos que, devido a restrições institucionais, não podem receber bolsas. Além disso, a saúde mental dos discentes emergiu como um fator preocupante, com relatos frequentes de sobrecarga acadêmica e estresse, levando a pedidos pela criação de um núcleo de apoio psicológico institucional.

Entre os pontos positivos mais destacados em 2023, a qualificação do corpo docente foi reconhecida por 85% dos discentes como "Excelente (5)". A produção científica também se destacou, com publicações em periódicos de alto impacto e projetos interdisciplinares. A infraestrutura básica, incluindo salas de aula e biblioteca física, recebeu avaliações positivas.

No entanto, alguns desafios prioritários foram identificados para o Programa em 2023, incluindo a necessidade de modernização de alguns laboratórios e do acesso a recursos digitais, ampliação do número de bolsas e reajuste dos valores, fortalecimento da internacionalização por meio da implementação de disciplinas em inglês e estabelecimento de parcerias institucionais mais robustas, além da criação de um núcleo de apoio psicológico para discentes.

As sugestões dos participantes reforçam a importância de ações estratégicas para aprimorar o Programa. Os discentes sugeriram a ampliação de disciplinas voltadas para áreas emergentes e a oferta de suporte financeiro para despesas de pesquisa. Os docentes, por sua vez, destacaram a necessidade de fortalecer a integração entre pesquisa e extensão para gerar maior impacto social, bem como aprimorar a transparência na aplicação dos recursos do programa.

Diante dessas avaliações, conclui-se que, em 2023, o PGBA manteve sua excelência acadêmica e científica, consolidando-se como um centro de pesquisa de relevância nacional e internacional. No entanto, alguns desafios persistem, principalmente no que se refere ao suporte socioeconômico e internacionalização. Para que o programa continue avançando, recomenda-se que, em 2024, sejam adotadas medidas como a alocação de recursos para manutenção de laboratórios e expansão das assinaturas de periódicos científicos, o estabelecimento de parcerias com agências de fomento para aumentar a disponibilidade de bolsas de estudo, a implementação de um programa de mentoria e apoio psicológico e a criação de uma comissão para revisão curricular, com foco na inclusão de disciplinas bilíngues. Este relatório reflete as percepções da comunidade acadêmica do Programa em 2023 e serve como um instrumento fundamental para o aprimoramento contínuo do programa, orientando o planejamento estratégico e as ações a serem implementadas nos próximos anos. Em síntese, o PGBA se consolidou como um Programa de excelência acadêmica e científica, com alguns desafios estruturais e socioeconômicos que demandam ações estratégicas. Priorizar o bem-estar discente, modernizar a infraestrutura e expandir a visão internacional são passos essenciais para fortalecer sua posição como referência na área de Biociência Animal. Este relatório, baseado na percepção da comunidade, serve como um guia para orientar decisões que garantam não apenas a manutenção, mas o avanço contínuo do programa.