Os docentes do PPGBA desempenham papel importante em ações sociais em nível local e regional. Algumas ações do Programa também impactam a economia em diversos níveis, inclusive nacional.
Recentemente, um produto do Programa foi registrado no Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. Trata-se de um Kit de diagnóstico sorológico do Mormo. Por meio de uma cooperação com uma empresa privada (Biovetech) e parceiros internacionais como laboratórios da Organização Mundial de Saúde Animal da França, este produto foi aprimorado e hoje está sendo utilizado para rastrear equídeos positivos para o mormo em todo o território nacional, contribuindo, assim, para o controle desta importante zoonose. Além disso, gerou uma importante política pública em nível nacional, pois este produto está incluído na lei que regulamenta o diagnóstico desta enfermidade no país.
O pesquisador envolvido neste tema, o prof. Rinaldo Mota, também participa da rede de colaboração para entre pesquisadores nacionais e internacionais junto ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento para para avançar em temas estratégicos como a melhoria dos métodos de diagnóstico e imunoprofilaxia desta enfermidade. Recentemente está iniciando os trabalhos de Pesquisa na UFRPE para o desenvolvimento de um imunógeno (vacina) para imunização dos animais, empregando a tecnologia (OMVs). Além disso, será padronizada uma nova técnica sorológica que irá discriminar animais vacinados daqueles com infecção natural por meio de mutantes de Burkholderia mallei.
Recentemente (2019), a docente Ana Lúcia Figueiredo Porto firmou parceria com o IPA, realizando atividades de pesquisa juntamente com discentes do PPGBA nesta Instituição de Pesquisa Estadual, no projeto intitulado: Produção e aplicação de um biolarvicida por Bacillus thuringiensis BT370 para o controle da lagarta-do-cartucho (Spodoptera frugiperda) do milho verde.
No ano de 2019, dois alunos de doutorado do Programa estiveram realizando parte de seus experimentos na Universidade Estadual de São Paulo na área de imunologia e sanidade da glândula mamária de bovinos e outro aluno esteve na Universidade Federal de Viçosa-MG também em um projeto em parceria com docentes da Escola de Medicina Veterinária na área de Saúde Única, mais especificamente com microrganismos resistentes a antimicrobianos e formadores de biofilme. Nesse sentido, já temos uma intensa colaboração com docentes dos programas da área de Epidemiologia Experimental e da Clínica Veterinária da USP. Esta parceria culminou com duas teses no nosso Programa com resultados altamente expressivos no que se refere à Saúde Única. Identificamos pela primeira vez no país a circulação de clones de Staphylococcus aureus resistentes à meticilina no ambiente agropecuário na América Latina, empregando técnicas de clonagem e análise de genoma bacteriano. Resultados de grande impacto do ponto de vista de saúde animal e humana e que também podem gerar políticas públicas na região.
Um resultado entre a parceria do PPGBA com a Programa de pós-graduação em Medicina Veterinária da Universidade Federal de Viçosa foi a aprovação da Chamada CNPq Nº 1/2019 em Apoio à formação de doutores em áreas estratégicas no Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico: Título do projeto: Atuação do Médico Veterinário na Saúde Unificada: estabelecimento de potenciais rotas de distribuição de resistência a antibióticos entre animais e humanos e controle de zoonoses. Este projeto prevê ações conjuntas de pesquisa com impacto social em ambos os Programas de pós-graduação, mais especificamente na formação de cinco doutores do PPGBA para atuar na área de Saúde Pública. Acreditamos que esta ação trará um forte impacto social, principalmente para a saúde coletiva de Recife. A proposta está sendo trabalhada em dois planos de ações: (1) verificar a relação de resistência aos antimicrobianos em bactérias causadoras de infecções em alimentos de origem animal, humanos e animais a partir de amostras coletadas de unidades de atendimento primário do SUS, englobadas no âmbito da Secretaria de Saúde do Município de Recife e comércios próximos às unidades de atendimento e (2) estabelecer ações de controle de zoonoses em unidades de atendimento primário do SUS, englobadas no âmbito da Secretaria de Saúde do Município de Recife. Este projeto objetiva promover o esclarecimento da população das regiões atendidas pelo ESF sobre as zoonoses, sua importância na saúde coletiva e medidas de controle, promovendo assim o bem-estar animal e humano. Como dados necessários para subsidiar o desenvolvimento de programas de conscientização, também foi realizado o estudo do perfil dos proprietários, dos animais de estimação do município e de possíveis acumuladores. Conjuntamente a isso foram realizados estudos clínicos, utilizando ferramentas da epidemiologia molecular para identificação de agentes zoonóticos com proposição de medidas de controle de zoonoses urbanas junto às SF's e USF no âmbito da Secretaria de Saúde do Município de Recife.
Em 2020 foi firmada uma parceria com a Universidade Federal do Rio Grande do Norte para a implementação de uma proposta DINTER para qualificar os docentes desta Instituição. Esse projeto representa uma importante ação na consolidação da política da UFRN, assegurando a qualidade acadêmica e a eficiência administrativa. Conta com apoio integral da gestão da Unidade de Macaíba (UFRN) que não mede esforços nas ações de expansão estratégica dos cursos técnicos, de graduação e de pós-graduação em consonância com políticas indutoras nacionais e demandas regionais.
Em 2020, foi aprovada uma pesquisa inédita no país que investigará os riscos de transmissão do vírus da COVID-19 entre humanos e animais domésticos. Serão realizados testes gratuitos, por swab e sorológico, em cães e gatos de tutores positivos para SARS-CoV-2 em cinco capitais brasileiras: Belo Horizonte, Curitiba, Campo Grande, Recife e São Paulo. No Recife, o estudo tem a colaboração do Laboratório de Epidemiologia e é coordenado pelo prof. Daniel Brandespim. Este estudo longitudinal, exploratório e multicêntrico reúne diferentes instituições de ensino e pesquisa nacionais e internacionais e é financiado pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) e pelo Ministério da Saúde. A iniciativa integra o Projeto Internacional Nosaïs e já está em fase avançada de testes com cães da instituição Amarante do Brasil, que financia o material e treina os animais. A Secretaria de Saúde do município pernambucano de Paudalho também colabora com o projeto e disponibilizou membros de sua equipe de saúde para realizarem coletas nos usuários que apresentam síndrome respiratória. A partir de uma orientação prévia aos pacientes, é realizada coleta de swabs para realização da PCR e identificação dos casos positivos e negativos. Paralelamente, é feita a coleta de suor através de chumaço de algodão em cada axila. Uma amostra do algodão permanece na UFRPE para a identificação dos biomarcadores moleculares e a outra é enviada para o Centro de Treinamento dos Cães de Detecção da Amarante. A partir de amostras de pacientes com resultados positivos ou negativos, os cães recebem o treinamento para a identificação. Em laboratórios dos Departamentos de Morfologia e Fisiologia Animal e Medicina Veterinária da UFRPE, os pesquisadores identificam os biomarcadores, ou seja, as moléculas que estão presentes na reação do vírus com a sudorese humana, por meio de cromatografia gasosa e HPLC, além de tecnologia sofisticada e precisa que está sendo utilizada em estudo semelhante na França. De acordo com o coordenador do projeto em Pernambuco, professor Anísio Soares, num momento em que se está reduzindo o isolamento social, a presença de cães que possam identificar precocemente pessoas infectadas pelo novo coronavírus vai proteger ambientes com grande circulação de pessoas. Assim que os cães, devidamente treinados, identificarem essas pessoas, elas serão notificadas e encaminhadas para isolamento social ou tratamento, evitando-se assim novas ondas de pico da doença. É um trabalho semelhante ao que ocorre em aeroportos, na detecção de entorpecentes e explosivos, além de doenças como malária e câncer. Com a solução, será possível facilitar a triagem dos viajantes portadores da COVID-19 nos postos de fronteira – portos, rodoviárias e aeroportos e auxiliar na retomada segura das atividades profissionais.
Esse projeto de pesquisa também está conectado com outras ações sociais realizadas em 2020 relacionadas à COVID-10 como é o caso do projeto de extensão: Mídias Digitais na Educação em Saúde em Atenção à COVID19. O mundo vem recebendo notícias da infecção pelo vírus da COVID19 desde dezembro de 2019, quando relatou-se a epidemia causada pelo vírus emergente SARS-CoV2 na província de Wuhan na China, detectado no mês de novembro de 2019. Observou-se em todo o mundo, especialmente onde a doença começou primeiro, a mobilização das pessoas para adoção de animais e até mesmo maior atenção a seus pets. Mas ainda no início de Abril, um artigo de um grupo da China trouxe notícias preocupantes quanto a possível infecção de cães e gatos pelo vírus da COVID19 e considerações sobre sua transmissão para seres humanos. Novas informações surgem diariamente sobre pesquisas e descobertas sobre a COVID19, e a necessidade de fontes confiáveis de notícias sobre medidas de prevenção e transmissão da doença entre humanos e animais são necessárias para minimizar o efeito deletério que muitas das informações enganosas podem ter sobre a população animal e à saúde pública. Desta forma, essa proposta visou criar canais de notícias e informações confiáveis dentro da Virologia e Sanidade Animal para a população, tanto do nosso entorno quanto em nível nacional, considerando o alcance das mídias sociais. Esse projeto atingiu de forma positiva muitas pessoas com informações importantes que orientaram a população sobre o papel dos animais de companhia na epidemiologia da COVID19 e minimizar alguns efeitos deletérios das notícias falsas que circulam no meio digital que, especialmente neste período, tem grande destaque.
A coordenação da Área de Medicina Veterinária da CAPES vem estimulando uma rede de solidariedade entre os Programas de Pós-graduação no país. Nesse sentido, estamos realizando diversas ações, contribuindo com outros Programas de Pós-graduação com notas mais baixas, auxiliando na consolidação desses Programas, principalmente das regiões Norte, Nordeste e Centro Oeste. Um exemplo clássico são as ações que o Laboratório de Doenças Infecciosas realiza frequentemente com alunos do Programa de Pós-graduação da Universidade Federal de Alagoas para executar aulas práticas e discussões de casos, além de ceder a estrutura e insumos para realizar experimentos na área de Sanidade de Equinos, caprinos e ovinos. Além disso, nesse quadriênio, também recebemos alunos de outros Programas do país como da Universidade Federal da Paraíba, Universidade Federal de Campina Grande, Universidade Federal do Piauí, Universidade Estadual do Maranhão, Universidade Federal de Goiás, Universidade Federal de Viçosa, Universidade Federal do Pará, entre outras, para desenvolverem parte de seus experimentos.
O Laboratório de enfermidades Infecciosas também produz antígenos para diagnóstico sorológico de Neosporose e Toxoplasmose, fruto da parceria com o grupo espanhol e fornece esses antígenos gratuitamente para alunos de outros Programas de Pós-graduação do país que têm esta demanda. Também detém toda a tecnologia de diagnóstico molecular da paratuberculose em ruminantes e fornece insumos ou recebe alunos para o processamento de amostras.
O PPGBA esteve nesse quadriênio fortemente envolvido na colaboração para a formação de alunos do Programa de pós-graduação na área de Medicina Veterinária (nota 3) do Campus de Viçosa, Alagoas. Em 2018 e 2019, recebemos dois alunos para desenvolver seus experimentos de dissertação. Recebemos alunos da Universidade Federal de Goiás e da Universidade Federal da Paraíba, campus de Patos, além de alunos da Universidade Federal do Piauí e da Universidade Federal de Campina Grande, Campus de Areia para usufruir da infraestrutura dos laboratórios de nosso Programa. Estamos contribuindo efetivamente para a nucleação de novos grupos de pesquisa e ensino principalmente das regiões Norte, Nordeste e Centro-oeste do país. Docentes do PPGBA estão trabalhando com a nucleação de pesquisa envolvendo alunos de graduação de outras Universidades, bem como com pesquisadores que atuam em Laboratórios localizados em Escolas Estaduais de Referência.
Alunos da Graduação da UFAL (unidade de Penedo) vêm desenvolvendo atividades de pesquisa no laboratório de Biotecnologia na UFRPE em Garanhuns. Desta parceria já foram desenvolvidos diversos projetos de pesquisa envolvendo alunos de iniciação científica e trabalhos de conclusão de curso de graduação. Alunos de PIBIC-EM do egresso do PPGBA, Osmar Soares, vêm desenvolvendo parte das pesquisas no laboratório de Biotecnologia da UFRPE em Garanhuns. Estes alunos são da Escola de Referência Azarias Salgado, que possui 4 projetos em execução com parceria com a UFRPE.
Os professores Rafael Ramos e Gilcia Carvalho desenvolveram no quadriênio atividades de extensão em três diferentes projetos aplicados na região do Agreste de Pernambuco. Descrevemos as ações a seguir: Título: Educação sanitária para profilaxia de parasitos zoonóticos em Povoados da Zona Rural de São João, PE (Projeto de Extensão – Edital BEXT 2017); Vigência 01/2017 a 01/2018. Objetivo: Avaliar o conhecimento de moradores dos povoados da zona rural de São João, PE sobre os parasitos com potencial zoonótico e conscientizá-los por meio de educação sanitária quanto aos riscos de transmissão e às formas de profilaxia contra parasitos zoonóticos. Resumo: O parasitismo em animais domésticos é de grande importância devido às perdas econômicas, bem como, a proximidade homem e animal. Dentre os animais domésticos, os cães, podem ser fontes de infecção e oferecer riscos à saúde humana através da transmissão de parasitos zoonóticos. Os animais infectados por parasitos zoonóticos como, por exemplo, os helmintos Ancylostoma spp., Toxocara spp. ao defecarem contaminam o solo levando a infecção aos humanos. No Brasil, é alta a incidência desses helmintos em vários estados. Em Pernambuco, análises no município de São João permitiram o registro de parasitos zoonóticos em fezes de cães, expondo a população humana à infecção. Foi realizado levantamento das residências que possuem cães e de escolas nos povoados Freixeiras, Volta do Rio e Taquari. Foram detectados Dipylidium caninum, Ancylostoma sp., Toxocara sp., Taenia sp., e Cystoisospora sp. Os achados demonstraram a necessidade de esclarecer a população quanto à profilaxia de parasitos zoonóticos. Público alvo: Foram atendidas 250 pessoas durante a execução do projeto de extensão (população residente nos povoados Freixeiras, Volta do Rio e Taquari, zona rural de São João, PE = moradores, alunos, professores e funcionários das escolas). Título: Atividades educativas para conscientização sobre parasitos zoonóticos em Povoados da Zona Rural de São João, PE (Projeto de Extensão – Edital BEXT 2018); Vigência 01/2018 a 12/2018. Objetivo: Expandir o trabalho de conscientização por meio de atividades educativas para todos os moradores dos povoados Freixeiras, Volta do Rio e Taquari, Zona Rural de São João-PE, sobre os riscos de transmissão de parasitos com potencial zoonótico, bem como, enfatizar a importância da adoção de medidas profiláticas contra parasitos intestinais causadores de zoonoses. No município de São João, PE, há alta incidência de parasitos zoonóticos em fezes de cães expondo a população humana à infecção. Em 2017, também foram detectadas crianças com larva migrans cutânea em povoados da zona rural de São João. Foram realizadas atividades de conscientização dos moradores nas residências, escolas e postos de saúde. A população humana recebeu esclarecimentos relacionados à prevenção contra esses parasitos por meio de atividades lúdico educativas. Público alvo: Foram atendidas 410 pessoas (população residente nos povoados Freixeiras, Volta do Rio e Taquari, alunos, professores e funcionários das escolas). Título: Educação em saúde para conscientização sobre criptosporidiose em áreas urbana e rural de Garanhuns, PE (Projeto de Extensão – Edital BEXT 2019); Vigência 02/2019 a 12/2019. Objetivo: Conscientizar a população das áreas urbana e rural de Garanhuns, PE, sobre a criptosporidiose, para esclarecer sobre os riscos, transmissão e prevenção contra o Cryptosporidium spp., bem como, enfatizar a importância da adoção de medidas preventivas contra a disseminação do parasito. Foram desenvolvidas atividades educativas/informativas para a conscientização da comunidade escolar, bem como de produtores rurais, para prevenção contra a criptosporidiose. Foram produzidos materiais lúdico-educativos, como folders, panfletos, atividades e jogos educativos e palestras. O projeto foi desenvolvido em uma escola estadual e outra municipal. Foram aplicados questionários investigativos aos discentes e realizadas palestras sobre o tema, bem como rodas de conversa com produtores rurais. Os resultados mostraram que 100% dos produtores rurais não conheciam o tema abordado e que 93,45% (157/168) dos discentes não conheciam a doença. Desta forma, é importante continuar as atividades nas escolas, bem como em outros setores. Público alvo: Foram atendidas 740 pessoas durante a execução do projeto de extensão (discentes, docentes, funcionários das escolas das áreas urbana e rural de Garanhuns e produtores rurais do município).
Os docentes, Médicos Veterinários do Programa, participam de ações sociais no Sertão Pernambucano que tem baixo Índice de Desenvolvimento Humano. Nestas propriedades, os alunos de graduação e pós-graduação conhecem os principais sistemas de manejo higiênico-sanitário dos rebanhos de animais de produção e as enfermidades que incidem nestes rebanhos. Discutem estratégias de controle e profilaxia de doenças no ambiente da caatinga. Posteriormente, discutem com os líderes comunitários e associações de criadores as principais formas de transmissão das doenças e seu controle estratégico. Este programa social já trouxe resultados impactantes nos indicadores produtivos de rebanhos nos municípios atendidos no estado de Pernambuco.
Várias ações sociais são realizadas entre os alunos e docentes. O professor Leucio Câmara Alves realiza visitas técnicas em propriedades rurais para atender a demanda de diagnóstico de doenças parasitárias no Estado de Pernambuco. Além disso, realiza trabalho de educação continuada com produtores rurais no intuito de esclarecer as melhores formas de manejo de rebanhos e controle de doenças parasitárias de importância econômica. O professor também executa atendimento ambulatorial e laboratorial dos animais domésticos e divulgação de modelos de prevenção das Doenças parasitárias no Estado de Pernambuco. Trabalha com os alunos do Programa no diagnóstico da leishmaniose canina em um ambulatório específico para esses casos no Hospital Veterinário da UFRPE. Lançou o Projeto Cão ρζλ (Cão Lazar) que pode ser acessado em: https://projeto-cao-rzl.webnode.com/ que tem como objetivo geral de capacitar estudantes de medicina veterinária e o médico veterinário no diagnóstico seguro da leishmaniose visceral canina.
O professor Rinaldo Aparecido Mota em conjunto com alunos de graduação e pós-graduação, realiza levantamento soroepidemiológico de diversas zoonoses bacterianas como brucelose, tuberculose, leptospirore, mormo, entre outras enfermidades infecciosas e parasitárias não zoonóticas em ruminantes e equídeos em propriedades rurais para atender a demanda de diagnóstico e promove ações de controle. Também atua fortemente no controle da mastite em bovinos, caprinos, ovinos e bubalinos em toda a região nordeste, levando informações sobre a obtenção higiênica do leite e produtos derivados, inclusive com produção de material didáticos sobre os diversos temas. Além disso, realiza trabalhos de educação continuada com produtores rurais com o objetivo de levar informações sobre a cadeia de transmissão de doenças e divulgar ações de profilaxia e controle de doenças transmissíveis de importância econômica e social. Realiza atendimento ambulatorial de animais de grande e pequeno porte, coleta material biológico e realiza o diagnóstico laboratorial como sorologia e isolamento e identificação fenotípica de bactérias, vírus e fungos para atender a demanda do Hospital Veterinário. Contribui na orientação de residentes na área de Medicina Veterinária no diagnóstico laboratorial de doenças infecciosas e ministra disciplinas para residentes. Além disso, realiza atendimento laboratorial de animais de grande e pequeno porte, coleta material biológico e realiza o diagnóstico laboratorial como sorologia e isolamento e identificação fenotípica de bactérias, vírus e fungos para atender a demanda do Hospital Veterinário. Realiza, também, um trabalho intensivo sobre diagnóstico e controle da epidemia de esporotricose felina na Região Metropolitana do Recife, inclusive com projetos de educação em saúde nessa área.
O professor Fabrício Bezerra de Sá é responsável pelo atendimento oftálmico no Hospital Veterinário da UFRPE, desde 2000.
O professor Valdemiro Amaro é o responsável pelos diagnósticos histopatológicos na Área de Patologia do DMV no Hospital Veterinário da UFRPE. Contribui na rotina do hospital, além de apoiar alunos e outros docentes do Programa em trabalhos de pesquisa e extensão.
O professor Fábio Mendonça também realiza visitas a produtores rurais para colher dados epidemiológicos e orientação de fazendeiros quanto ao controle de doenças carenciais, metabólicas e intoxicações em ruminantes.
A professora Mércia Barros, é a responsável pelo atendimento de doenças aviárias no Hospital Veterinária e introduz os alunos da pós-graduação sob sua orientação nesta rotina de diagnóstico clínico e laboratorial juntamente com os alunos da graduação em Medicina Veterinária. Além disso, também realiza acompanhamento sanitário das granjas avícolas do estado de Pernambuco.
A professora Elizabeth Sampaio de Medeiros realiza visitas técnicas em abatedouros e indústrias de alimentos para orientar os produtores de alimentos quanto às boas práticas de produção e manipulação de alimentos com vistas a reduzir os riscos de transmissão de doenças transmitidas por alimentos. Aprovou projeto no edital Bext/2019 da Pró-reitoria de Extensão e Cultura da UFRPE intitulado: "Ações socioeducativas e sanitárias: uma proposta de saúde pública para a região da bacia leiteira de Pernambuco".
Foram desenvolvidas ações de cunho social, junto aos pequenos produtores rurais circunvizinhos às propriedades estudadas. Ações estão sendo implementadas em todos os projetos de pesquisa do nosso grupo, para dar suporte às comunidades trabalhadas, visando a implementação de um processo de retroalimentação Universidade/Sociedade. As ações sociais desenvolvidas pela equipe multidisciplinar do projeto de extensão têm levado informações relevantes aos produtores assistidos, contribuindo de forma direta com a saúde animal, o bem estar e a produção de leite de qualidade, bem com a prevenção de zoonoses, colaborando com a saúde pública local. Ações como palestras e oficinas de beneficiamento do leite; Cuidados com as crias; Manejo higiênico da ordenha; Manejo sanitário dos rebanhos, entre outros temas, e ainda a elaboração de Material Didático e sua distribuição foram realizadas durante todo o ano de 2019 e início de 2020.
Uma cartilha abordando o tema “Tuberculose Zoonótica” também foi finalizada e é a primeira do “Almanaque Veterinária em Quadrinhos”. Também foi realizado em outubro de 2019, o I Dia do Alimento da UFRPE; este evento contou com a participação de professores da UFRPE, da UFPE, da UPE e de outras instituições públicas e privadas, abordando temas relacionados à qualidade e segurança dos alimentos. O evento contou com a parceria de empresas privadas, e com um público de aproximadamente 200 pessoas. Contou com a colaboração de docentes e discentes, bolsistas de PIBIC, Extensão e Monitoria, além de alunos voluntários.
Ainda, no ano de 2019, foi criado o programa "Café no Campo", por meio dos alunos de pós-graduação e de graduação, onde foram realizadas rodas de diálogos com produtores de leite do agreste de Pernambuco, visando troca de saberes, ofertando de forma singular o acesso do homem do campo às atividades de cunho socioeducativos do Programa.
Os discentes do PPGBA também participaram em 2019 da 78ª Exposição Nordestina de Animais e Produtos Derivados do Cordeiro com ações sociais junto aos produtores rurais. Apresentou ao público visitante da exposição, ações e resultados de projetos de pesquisa, com ênfase para o papel do Médico Veterinário na Saúde Pública. Os visitantes do estande da UFRPE/PPGBA tiveram acesso a informações e materiais didáticos/científicos de cunho multidisciplinar de forma gratuita, além da oferta diária, durante os 10 dias de evento, de palestras e oficinas. O público estimado no Parque foi de aproximadamente 300 mil pessoas, e o estande da UFRPE contou com mais de 170 mil visitantes durante toda a exposição. O referido evento é um palco singular para apresentação das ações desenvolvidas no Programa à sociedade pernambucana, divulgando de forma ampla, os cursos e suas respectivas ações de ensino, pesquisa e extensão.
É importante destacar que vários professores do PPGBA também orientam alunos da residência multidisciplinar e conectam estas atividades com os alunos da pós-graduação em um ambiente de aprendizado multidisciplinar.
Outra ação de inserção social de destaque realizada por dois alunos do doutorado do Programa é o projeto desenvolvido por docentes e alunos do PPGBA: validação de manejo de ordenha sustentável junto aos produtores de leite caprino desenvolvido com produtores rurais de cabras leiteiras no Estado da Paraíba que visa validar uma metodologia de ordenha alternativa ao que é preconizado hoje pela legislação brasileira com vista a um melhor aproveitamento da água no ambiente da ordenha e que ao mesmo tempo, garanta uma higiene adequada dos tetos e a qualidade do leite além de difundir esse conhecimento aos produtores de leite da cidade de Bananeiras e outras regiões da Paraíba.
Iniciado em 2018 e continuado em 2019, o projeto de extensão intitulado: "A pós-graduação em Biociência Animal abraçando a comunidade". Nesse projeto, os alunos de mestrado e doutorado do Programa realizam trabalho com docentes do ensino médio e fundamental da comunidade do entorno da UFRPE e também no município de Garanhuns, interior do estado de Pernambuco. As atividades estão voltadas para aulas na sede do Programa de Biociência Animal para os alunos receberem informações sobre microbiologia básica, parasitologia básica e noções básicas de controle de zoonoses e algumas boas práticas para produção de alimentos de qualidade. Esta primeira experiência realizada neste ano foi um grande sucesso e novas ações já estão planejadas para o próximo ano com a expectativa de participação de outras escolas de outros municípios do estado. Trata-se de um projeto continuado e outras ações foram realizadas no ano de 2019. Ações de extensão universitária envolvendo a produção de Material Didático para alunos da graduação e produtores rurais, envolvendo discentes do Programa estão sendo incentivadas pela coordenação para a realização de cartilhas, abordando temas importantes, como as zoonoses de impacto econômico e social. Algumas já foram realizadas e outras estão em fase de elaboração.
Docentes e discentes do PPGBA também realizaram as atividades de inserção social na Unidade Básica de Saúde no Programa de Agentes Comunitários de Saúde, em Garanhuns, PE. Foi realizada uma explanação sobre a importância da toxoplasmose na gestação, os riscos inerentes, como ocorre a transmissão e por fim, a profilaxia. Dessa maneira as gestantes puderam esclarecer suas dúvidas e falar suas experiências sobre o tema em questão, juntamente com os demais profissionais de saúde que estavam presentes. Além da conversa foram distribuídos panfletos explicativos da doença, para que pudessem fixar melhor as informações e ter as mesmas para serem relembradas em caso de dúvidas. Ao final da atividade aplicamos um questionário, apenas para as gestantes, com o intuito de saber se conheciam a doença e suas consequências. Na ocasião, por meio de questionário investigativo para as gestantes, quando questionado se as mesmas já tinham conhecimento sobre a toxoplasmose e dos problemas que ela pode acarretar durante a gestação, 50% responderam sim, já conhecia sobre a toxoplasmose e de seus riscos na gestação, 50% que não, não conhecia sobre a toxoplasmose e nem de seus riscos na gestação. Quando questionadas sobre a forma de infecção Toxoplasma gondii, 33,33 % responderam que conheciam as principais formas de infecção e 66,67% não conheciam. E sobre as formas de prevenção, 33,33% conheciam, 50% não conheciam e 16,67% conheciam algumas formas de prevenção. 100% das gestantes responderam que foi significativa abordagem sobre o tema toxoplasmose.
Outros projetos de impacto social em 2019 e 2020 no PPBGA coordenados pela docente Ana Lucia Porto com a participação de alunos do doutorado e PNPD: Título: Curso de Extensão em Bioquímica de Proteínas de Fontes Aquáticas e suas Aplicações Biotecnológicas. Tipo/Descrição do Público-Alvo: Alunos de graduação do Curso de Engenharia de Pesca da Universidade Federal Rural de Pernambuco (sede e Serra Talhada) e aberta aos demais membros da comunidade acadêmica. Título: Abordagens biotecnológicas para o aproveitamento dos resíduos da pesca artesanal através da promoção de ações laboratoriais e lúdicas em bioquímica, CH: 880 horas, Edital: BEXT 2019, Modalidade: Projeto de extensão. Tipo/Descrição do Público-Alvo: Alunos de graduação do Curso de Engenharia de Pesca da Universidade Federal Rural de Pernambuco, pescadores artesanais e seus filhos em idade escolar da rede pública de Recife, Olinda e Paulista, Pernambuco. Título: Pescando e reaproveitando: extração de colagenase a partir de resíduos sólidos orgânicos gerados pelo processo de filetagem na colônia de pescadores artesanais do Janga, Paulista-PE, CH: 62 horas, Modalidade: Projeto, Modalidade: Curso de extensão. Tipo/Descrição do Público-Alvo: Alunos de graduação do curso de engenharia de pesca, 2° período, que estão cursando a disciplina de Bioquímica I. Título: I Simpósio de Tecnologia de Recuperação de Produtos Bioativos, CH: 92 horas, Modalidade: Evento de extensão. Em 2020 foram realizadas outras ações de extensão: Elaboração de E-book de Práticas de Bioquímica Aplicada à Pesca e Aquicultura; Ações Colaborativas de Aprendizagem em Ciências no Ensino Fundamental e a construção de E-book como Ferramenta Pedagógica; Abordagens biotecnológicas para o aproveitamento dos resíduos da pesca artesanal por meio da promoção de ações laboratoriais e lúdicas em bioquímica; Quiz metabólico: aprendendo bioquímica e fisiologia no ensino fundamental através de jogos de perguntas-respostas; Pescando e reaproveitando: extração de colagenase a partir de resíduos sólidos orgânicos gerados pelo processo de filetagem na colônia de pescadores artesanais do Janga, Paulista-PE); Curso de Extensão em Bioquímica de Proteínas de Fontes Aquáticas e suas Aplicações Biotecnológicas; Curso de Extensão em Proteínas de Organismos Aquáticos e Suas Aplicações Fisiológicas); Organização de 06 eventos na modalidade remota (I Webinário Resíduos industriais: Tratamento e sustentabilidade; I Webinário de Biotecnologia Aplicada à pesca e Aquicultura; Webinário de Proteínas e Suas Aplicações Fisiológicas; Webinário Junior: Trabalhando com Bioprocessos no Ensino Fundamental da Rede Municipal de Recife; II Simpósio de Tecnologia e Recuperação de Produtos Bioativos (II SIMTERBIO) e o I International Biotechnology Webinar; Seminário de Biocontrole do IPA); O II SIMTERBIO & I INTERNATIONAL BIOTECHNOLOGY WEBINAR reuniu na modalidade virtual todas as parcerias. O evento foi realizado em dezembro/2020.
Contando com a participação do Prof. Lorenzo Pastrana, Dr. Miguel Cerqueira, Dra. Ana Isabel Bourbon e da Dra. Sara Oliveira do International Iberian Nanotechnology Laboratory, Portugal. Os docentes do PPGBA realizaram um grande número de atividades complementares fora do âmbito do PPGBA, podendo destacar entre essas atividades: participação em Comitês de Orientação em outros programas de Pós-Graduação da UFRPE e de outras Universidades; realização de Atividades de orientação de TCCs (Trabalho de Conclusão de Curso (Monografias e Estágio Supervisionado Obrigatório) e residência em Medicina Veterinária da UFRPE; Orientação de alunos de graduação dos cursos da UFRPE no Programa Institucional e da FACEPE de Iniciação Científica PIBIC-PIC; Orientação de alunos de residência multidisciplinar na área de Medicina Veterinária e alunos de extensão em projetos aprovados pela Pró-reitoria de extensão da UFRPE; Participação em Corpo Editorial e como revisores de periódicos nacionais e internacionais na área de Medicina Veterinária, Ciências Básicas e aplicadas.
Ainda, no corpo docente permanente deste Programa, temos o Coordenador do Núcleo de Inovação Tecnológica NIT-UFRPE (Prof. Pabyton Cadena) que participou no ano de 2017 do grupo de trabalho que elaborou a Política de Propriedade Intelectual da UFRPE, resolução 034/2017 do CONSU para estímulo à inovação tecnológica. Após a implementação desta política, o NIT-UFRPE aumentou em mais de 100% o número de depósitos de patentes e registros de programas de computador, chegando a mais 140 depósitos de patentes no fim de 2020. Este professor também foi Coordenador do Programa Institucional de Bolsas de Iniciação em Desenvolvimento Tecnológico e Inovação PIBITI até julho de 2020 do qual participam em média 25 bolsistas ano de graduação no desenvolvimento de projetos de inovação na UFRPE. No último edital do PIBITI (2020-2021), foi aprovado o valor de 106.000 R$ em bolsas no CNPq.
O PPGBA teve 13 registros de novas patentes no ano de 2017, 13 em 2018, 08 em 2019 e 19 em 2020, se destacando entre os Programas da área no país nesta modalidade. A diminuição do número de depósitos em 2019 foi devido às mudanças em algumas regras que acabaram atrasando o depósito de várias patentes, mas em 2020 tivemos o número de patentes aumentado. Do total de patentes depositadas na UFRPE em relação às 53 patentes do PPGBA, o Programa corresponde a 54,54% da produção técnica da Universidade neste período. Além disso, das 53 patentes depositadas pelo PPGBA no quadriênio, 38 possuem a participação de discentes ou egressos, correspondendo a mais de 70% com participação de alunos. Houve a concessão da carta patente PI1104941-3 em 2020 que trata de um produto nanotecnológico, e em outubro de 2020, se iniciou as negociações para licenciamento junto a Indústria Farmacêutica Hebron. Ainda podemos destacar a patente BR102020004277-7 de 2020 que trata do desenvolvimento de um produto nanotecnológico de baixo custo aplicado à medicina veterinária e vinculado a projeto aprovado no CNPq, UFRPE e CAPES. O produto foi desenvolvido associada a uma dissertação do PGBA (Ester Quinova) formada em zootecnia, aluna de Moçambique, pertencente ao programa ProAfri (Programa de Formação de Professores de Educação Superior de Países Africanos) que auxilia na formação de recursos humanos em países periféricos. Portanto, trata-se de produção vinculada. O desenvolvimento dessa tecnologia na criação de tilápia deverá auxiliar na produção de proteína de origem animal de baixo custo. Trata-se de uma patente social que pode contribuir para a redução da fome na África. A aluna já retornou ao seu país para aplicação dos conhecimentos adquiridos no PGBA. A patente contou com mais um discente e um docente do PGBA durante a sua concretização. Destacamos, também, a patente BR102020004629-2 que trata de um produto nanotecnológico que pode ser incorporado em aditivo alimentar em rações comerciais para peixes com o intuito de realizar sua reversão sexual; tem aplicação direta na aquicultura para obtenção de populações monossexo masculinas de tilápia. Ainda, o desenvolvimento deste produto visa reduzir a contaminação do produtor rural que manipula diretamente o hormônio e o descarte no ambiente. Na aquicultura, a tilápia é a espécie de peixe mais cultivada no Brasil, mas o mercado não dispõe de um produto deste tipo. Este projeto contou com financiamento do CNPq, UFRPE e CAPES e ainda, após depósito da patente, esta foi aprovada no edital CATALISA-ICT do SEBRAE que visa a capacitação e interação com empresas para a transferência da tecnologia desenvolvida. A patente é produção vinculada a dissertação de mestrado de Amanda Santos do PGBA e contou com a participação de mais 3 discentes e 2 docentes do PGBA. Finalmente, destacamos o desenho industrial BR302018055774-3 concedido em 2019 a um discente do PGBA (Tiago Bittencourt) que trata de uma incubadora para testes toxicológicos com peixes. Este equipamento reduziu em mais de 10x o gasto que o Biotério de Animais aquáticos tinha com manutenção de BOD e expandiu a capacidade operacional do Biotério em pelo menos 5x.